OBJETIVO

OBJETIVO DO BLOG

PROPICIAR O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS E HABILIDADES VOLTADAS À LEITURA E ESCRITA VISANDO A MELHORIA DE NOSSA FORMAÇÃO, A FIM DE APRIMORAR A PRÁTICA PEDAGÓGICA COM A LEITURA E A ESCRITA JUNTO AOS ALUNOS, ENFATIZAR A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO COM AS HABILIDADES BÁSICAS DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA: FALAR, OUVIR, LER E ESCREVER E AS RELACIONADAS AOS ASPECTOS LINGUÍSTICOS.



BUSCAR CONHECIMENTO ATRAVÉS DE PESQUISAS PERTINENTES AO ASSUNTO EM QUESTÃO, PARA QUE TENHA SUBSÍDIOS ARGUMENTATIVOS NA CONFECÇÃO DO TEXTO.



quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O PRAZER QUE LEVA À MORTE

  Artigo de Opinião           
A propaganda entra em nossos lares e interfere nas preferências de consumo, conduzindo o indivíduo volúvel à práticas, que, às vezes, levam à conseqüências indesejáveis.
            O adolescente e o jovem são o alvo da propaganda pela imaturidade, característica própria da idade e do sentimento de potencia, perante os atritos do cotidiano.
            Uma cena que mostra um jovem consumindo uma bebida alcoólica bem gelada, ao lado de belas mulheres, um carrão, uma mansão, produz a sensação de que se ele beber, vão aparecer todas essas vantagens na vida dele. ( E )
            Este quadro somado a alguma insatisfação pessoal, acrescido à carência e à insegurança formam o elo que conduz à embriaguez e todas as conseqüências que esta produz: euforia e desespero; sensação de poder e fracasso; amizades e separações, e o pior – alguma doença provocada pelo “ inocente” álcool que pode levar à morte. ( CC )
            Portanto, a propaganda de bebidas alcoólicas tem um poder fulminante na vida dos jovens: muda valores plantados ao longo do tempo pela família, destrói sonhos profissionais e afetivos, separa a vida em dois ciclos, o antes e o depois, sendo o depois, a tragédia não esperada. Sou totalmente contra propagandas que exaltam as bebidas alcoólicas. Se fosse possível anulá-las, preservaria muitas vidas.
                                                                                                                  Meire

O TRABALHO E A DIGNIDADE

 Artigo de Opinião 
           
              O trabalho traz dignidade ao homem, conduzindo-o à autonomia que assegura desvendar os horizontes da vida, tanto no aspecto material, quanto no emocional, trazendo o sentimento de poder, de valorização, que produziu algo em beneficio dele e do próximo.
            Essa produção está ligada à origem da vida, o ser humano precisa trabalhar para sua subsistência e para os demais que com ele convivem. Desfazer essa ideia ultrapassa os valores sociais e resulta em um sentimento de impotência  diante à existência. ( P )
            No Brasil, desde 2000, ficou proibido o trabalho aos menores de 16 anos, exceto na condição de aprendiz. A execução dessa lei levou muitas crianças e adolescentes às ruas, praticando vandalismo, furtos, pichações, brigas e todo tipo de violência, por isso é melhor a criança e o adolescente trabalhar, que ficar na rua cometendo esses delitos. ( E )
            Existe também o lado financeiro, pois muitas famílias necessitam aumentar a renda com o dinheiro trazido por eles. Apenas os pais sustentando a casa é insuficiente, diante do alto custo de vida. ( C C)
            Todos os radicalismos devem ser evitados, se a família necessita da renda produzida pelo adolescente, que este o faça de acordo com a sua capacidade física, dentro dos limites da idade dele e nunca esquecendo que a formação educacional é muito importante e não deve ser desprezada em virtude do trabalho.  Sendo assim, ele terá subsídios de crescer e exercer sua cidadania.
                                                                                                                                                      Celia Regina

BELEZA NAO É FUNDAMENTAL

              Artigo de Opinião
             É fácil perceber, nos dias atuais, que muitas pessoas fazem o impossível para seguir o padrão estético de beleza apresentado pela mídia.Buscam, de forma intensa, o corpo ideal, a vestimenta que o valoriza, o corte de cabelo que moldura o rosto, a forma correta de caminhar, e até mesmo o pensamento é trabalhado de forma a mostrar a perfeição em pessoa.
            Tantos atributos, mas será que são fundamentais? Envolvidas na busca desses valores, outros são esquecidos como a paz interior, o controle emocional, a sabedoria, a solidariedade, a harmonia. Definitivamente, somente os primeiros atributos não garantem o “ viver feliz”, por mais que a mídia pregue o contrário. ( C C )
            O nosso poetinha maior – Vinicius de Moraes – já dizia “ As feias que me perdoem, mas beleza é fundamental. Mesmo na descrição homérica, a beleza de Helena é ressaltada, pois atribui-se a ela o conflito de Tróia, então o questionamento em torno da beleza divide opiniões, porque muitos a procuram e nem sempre são felizes quando as tem.( A )
            Por isso é preciso que a pessoa tenha maturidade e saber o quanto a mídia está interferindo em sua vida, e se essa interferência é benéfica ou não. Ter como modelo os radicais de beleza pode acontecer a perda da identidade de ser atuar.
                                                                                                                 Dulce

terça-feira, 27 de setembro de 2011

TESE, JUSTIFICATIVA E CONCLUSÃO


Texto produzido a partir da questão polêmica : A politica de cotas é uma boa resposta às desigualdades sociais relacionadas às minorias étnicas ?

            Não, realmente não é, pois todos têm o direito de competir dentro dos mesmos parâmetros. A adoção de cotas apenas revela um preconceito que já é real.
            É necessário que os governantes invistam em uma “Escola Pública” de melhor qualidade para que os alunos possam competir em igualdade com os demais das escolas privadas.

CULTURA NÃO É TUDO

   

Artigo de opinião contestando o artigo “ O que é essencial para todos?”  De Gustavo Barreto


                A Educação- tão importante na formação do ser humano-  deixa a desejar em algumas situações, nas quais a sobrevivência é uma questão primordial nas classes desfavorecidas.
                É necessário dedicar-se ao trabalho em primeiro plano, para sustento, moradia, saúde, segurança e, finalmente, cultura.
                O trabalhador busca as necessidades básicas, e isto vem desde a origem familiar, a sociedade em que vive, o mundo dele, no qual tenta se firmar. Assim, assistir ao teatro ou ir ao cinema, a um concerto musical está distante da realidade, na qual está inserido. E quando recebe o vale cultura, burla o sistema e prefere fazer a troca deste benefício pela necessidade básica.
                Para mudar este quadro é preciso reformular este quadro social, politico e educacional, propondo práticas inovadoras que atinja um número maior das populações desfavorecidas, transformando-os em formadores de opinião.


SÓ HÁ NOTÍCIA SE FOR MUITO RUIM

Artigo de opinião

         Carlos Brickmann

     Elio Gaspari costuma dizer que, nas redações, a notícia chega devagarzinho, abre a porta de leve, põe a cabeça para dentro e entra correndo para esconder-se.Se alguém a notar, será imediatamente chutada para fora.
     E, se a notícia for boa, suas chances de sobrevivência são ainda menores. Notícia que o pessoal gosta é corrupção, é escândalo, é miséria, é tudo aquilo que deu errado.Nas ocasiões em que o Brasil dá certo, aí não é notícia( e não vale nem a regra de que boa notícia é o inusitado). Lugar de notícia boa é a cesta do lixo.
    Jundiaí, no interior de São Paulo, atingiu 100% no fornecimento de água tratada e chegou muito perto disso no tratamento de esgotos ( só não atingiu 100% por um problema  judicial). Notícias? Só nos jornais da região, e olhe lá.A capital de São Paulo, onde o programa de água e esgotos caminha bem mais ainda está longe da universalização, ignorou o tema.O Brasil, onde água tratada e esgoto são coisas de gente rica, preferiu investigar se tem ministro comendo tapioca com cartão corporativo(tema que até vale investigação, mas não pode substituir outros assuntos de importância, que se referem à vida e à morte dos cidadãos).
     São Caetano do Sul. Na Grande São Paulo, é um exemplo ainda mais claro de que as boas notícias são desprezadas pelos meios de comunicação.De acordo com os número da respeitadíssima Fundação Seade, o índice de mortalidade infantil de São caetano é o menor do país; equipara-se aos da Bélgica e do Japáo, quatro mortes por mil nascimentos.É índice que ocorre no Primeiro Mundo.
     A derrubada dos índices de mortalidade infantil não ocorre, em lugar nenhum, apenas pela boa atenção à saúde: exige tempo, trabalho coordenado, que envolve planejamento, engenharia( tratamento de esgotos e água), meio ambiente(plantio de árvores, limpeza de rios e córregos), coleta de lixo, de preferência seletiva, assistência social (há em São Caetano um programa tipo bolsa-família, mais completo que o federal, mantido com recursos municipais), aleitamento materno, cuidados com as gestantes, educação em sentido amplo, higiena, empregos. E envolve, o que é raro, continuidade administrativa: não é porque um prefeito é adversário do antecessor que deve abandonar seus planos.O atual prefeito, José Auricchio, reeleito com 70% dos votos, tem na oposição boa parte do grupo político de seu antecessor. E daí? Neste processo todo, a cidade de 150 mil habitantes atingiu o maio Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país. E, fora da região do Grande ABC, o fato foi olimpicamente ignorado pelos meios de comunicação.
     Dizem que  Ribeirão Preto vai muito bem na área social(mas como encontrar dados, se não há reportagens?). E, o que aparece às vezes na TV (mas rarissimamente na imprensa escrita), a cidade se transforma em área de tecnologia de ponta no uso do raio laser em auxílio a transplantes. Há belas experiência de sustentabilidade ambiental no Rio Grande do Sul, há o hospital de referência no tratamento de câncer de Barretos, há as experiências em Campinas da Unicamp em energia alternativa e cirurgia para diabetes, há excelentes pesquisas em Campina Grande, na Paraíba, há um belo trabalho da Embrapa e da Escola de Agricultura Luiz de Queiroz, há a agricultura irrigada de ótima qualidade no semiarido nordestino.E quem sabe, por ter sido informado pelos meios de comunicação, que as hélices dos geradores de vento da Europa são, em grande parte, fabricadas no Brasil?
     Vale matéria? De vez  em quando, a TV mostra, em horários alternativos, em programas especializados, alguns as, alguns aspectos dessas experiências positivas.De muita coisa este colunista tomou conhecimento ao integrar o júri do último Prêmio Esso de Jornalismo, com belíssimas matérias nos jornais da região sobre os bons fatos que também ocorrem.
      Vale matéria? Deveria valer. Mas, além da volúpia por más notícias, há um problema extra, que assusta pauteiros e repórteres: o medo da patrulha.Fazer matéria a favor pode dar a impressão de que há alguma coisa esquisita além da reportagem.Mas é preciso vencer também este preconceito- ou ficaremos restritos ao noticiário policial fingindo que é cobertura política.

                         Artigo de opinião retirado do material da Olimpíada de Língua Portuguesa.
    

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

DICAS PARA ESCREVER UM ARTIGO DE OPINIÃO

Para escrever um artigo de opinião, não existem muitos segredos, o importante é treinar bastante,  escrever vários artigos e solicitar a correção por parte do professor, pois somente assim você vai saber o que errou e o que precisa ser melhorado.
E um ponto importante ao elaborar um artigo de opinião é a leitura de vários pontos de vista, e fundamentar o ponto de vista que você irá desenvolver e defender.
Professor Luis 20/02/2011

terça-feira, 13 de setembro de 2011

AVALIAÇÃO DOS DOIS PRIMEIROS ENCONTROS

O curso está sendo muito proveitoso no sentido de aprimorar nosso conhecimento na formação continuada no que se refere ao "Artigo de Opinião", nos oferecendo estratégias e técnicas que vão ajudar os nossos alunos, tornando-os escritores conscientes e críticos.

QUESTÕES POLÊMICAS SOBRE O ARTIGO DE OPINIÃO: " CORRUPÇAO CULTURAL OU ORGANIZADA?"

1.       É correto fazer uso de vantagem pessoal, corrompendo um superior ou uma possível situação para viabilizar assuntos individuais?
2.       Cabe somente à educação valorizar a ética, a cidadania para que aconteça o fim da corrupção cultural, ou outros setores devem ser acionados como família, sociedade, religião?

COMENTÁRIO CRÍTICO SOBRE O DEBATE APRESENTADO NA AULA DO DIA 03/09/2011


É de fundamental importância debater sobre temas polêmicos. O tema discutido “A
SOCIEDADE TEM O DIREITO DE TIRAR A VIDA DE UM CRIMINOSO ?
”, nos fez   refletir sobre os fatos ocorridos na atualidade, mas que sempre estiveram em evidência.
O grupo foi dividido em três subgrupos para debater o tema em questão, dando oportunidades de réplica e tréplica. Todas as questões foram argumentadas e refletidas com sucesso, ampliando assim, o tema proposto.
O ponto negativo apresentado foi em relação aos debatedores, pois não houve participação de todos, sempre foram os mesmos a responderem.
Com o desenvolvimento desta atividade, tivemos a oportunidade de aprender e ampliar nossa metodologia para aplicarmos, com segurança, o trabalho em sala de aula.

CORRUPÇAO CULTURAL OU ORGANIZADA?

        
A vida só tem um sentido, e o único sentido que a vida tem é quando investimos nossa vida na vida dos outros, ou quando encarnamos a luta dos outros como se ela fosse nossa, a luta do coletivo. Esta é a lida do promotor de justiça: lutar pela construção contínua da cidadania e da justiça social. Assim, o compromisso primordial do Ministério Público é a transformação, com justiça, da realidade social.

 Precisamos evitar  que a necessária indignação com as microcorrupções “culturais” nos leve a ignorar a grande corrupção.

Ficamos muito atentos, nos últimos anos, a um tipo de corrupção que é muito frequente em nossa sociedade: o pequeno ato, que muitos praticam, de pedir um favor, corromper um guarda ou, mesmo, violar a lei e o bem comum para obter uma vantagem pessoal. Foi e é importante prestar atenção a essa responsabilidade que temos, quase todos, pela corrupção política -por sinal, praticada por gente eleita por nós.

Esclareço que, por corrupção, não entendo sua definição legal, mas ética. Corrupção é o que existe de mais antirrepublicano, isto é, mais contrário ao bem comum e à coisa pública. Por isso, pertence à mesma família que trafegar pelo acostamento, furar a fila, passar na frente dos outros. Às vezes é proibida por lei, outras, não.

Mas, aqui, o que conta é seu lado ético, não legal. Deputados brasileiros e britânicos fizeram despesas legais, mas não éticas. É desse universo que trato. O problema é que a corrupção "cultural", pequena, disseminada -que mencionei acima- não é a única que existe. Aliás, sua existência nos poderes públicos tem sido devassada por inúmeras iniciativas da sociedade, do Ministério Público, da Controladoria Geral da União (órgão do Executivo) e do Tribunal de Contas da União (que serve ao Legislativo).

Chamei-a de "corrupção cultural", pois expressa uma cultura forte em nosso país, que é a busca do privilégio pessoal somada a uma relação com o outro permeada pelo favor. É, sim, antirrepublicana. Dissolve ou impede a criação de laços importantes. Mas não faz sistema, não faz estrutura.

Porque há outra corrupção que, essa, sim, organiza-se sob a forma de complô para pilhar os cofres públicos  - e mal deixa rastros. A corrupção "cultural" é visível para qualquer um. Suas pegadas são evidentes. Bastou colocar as contas do governo na internet para saltarem aos olhos vários gastos indevidos, os quais a mídia apontou no ano passado.

Mas nem a tapioca de R$ 8 de um ministro nem o apartamento de um reitor -gastos não republicanos- montam um complô. Não fazem parte de um sistema que vise a desviar vultosas somas dos cofres públicos. Quem desvia essas grandes somas não aparece, a não ser depois de investigações demoradas, que requerem talentos bem aprimorados -da polícia, de auditores de crimes financeiros ou mesmo de jornalistas muito especializados.

O problema é que, ao darmos tanta atenção ao que é fácil de enxergar (a corrupção "cultural"), acabamos esquecendo a enorme dimensão da corrupção estrutural, estruturada ou, como eu a chamaria, organizada.

Ora, podemos ter certeza de uma coisa: um grande corrupto não usa cartão corporativo nem gasta dinheiro da Câmara com a faxineira. Para que vai se expor com migalhas? Ele ataca somas enormes. E só pode ser pego com dificuldade.

Se lembrarmos que Al Capone acabou na cadeia por ter fraudado o Imposto de Renda, crime bem menor do que as chacinas que promoveu, é de imaginar que um megacorrupto tome cuidado com suas contas, com os detalhes que possam levá-lo à cadeia -e trate de esconder bem os caminhos que levam a seus negócios.

Penso que devemos combater os dois tipos de corrupção. A corrupção enquanto cultura nos desmoraliza como povo. Ela nos torna "blasé". Faz-nos perder o empenho em cultivar valores éticos. Porque a república é o regime por excelência da ética na política: aquele que educa as pessoas para que prefiram o bem geral à vantagem individual. Daí a importância dos exemplos, altamente pedagógicos.

Valorizar o laço social exige o fim da corrupção cultural, e isso só se consegue pela educação. Temos de fazer que as novas gerações sintam pela corrupção a mesma ojeriza que uma formação ética nos faz sentir pelo crime em geral.

Mas falar só na corrupção cultural acaba nos indignando com o pequeno criminoso e poupando o macrocorrupto. Mesmo uma sociedade como a norte-americana, em que corromper o fiscal da prefeitura é bem mais raro, teve há pouco um governo cujo vice-presidente favoreceu, antieticamente, uma empresa de suas relações na ocupação do Iraque.

A corrupção secreta e organizada não é privilégio de país pobre, "atrasado". Porém, se pensarmos que corrupção mata -porque desvia dinheiro de hospitais, de escolas, da segurança-, então a mais homicida é a corrupção estruturada. Precisamos evitar que a necessária indignação com as microcorrupções "culturais" nos leve a ignorar a grande corrupção. É mais difícil de descobrir. Mas é ela que mata mais gente.

Por RENATO JANINE RIBEIRO, professor titular de ética e filosofia política do Departamento de Filosofia da USP.

Fonte: Jornal "A Folha de S. Paulo" de 28.06.09.
Publicado por Promotor de Justiça às 28.6.09

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

ARTIGO DE OPINIÃO

                  A DENÚNCIA É ESSENCIAL
                A agressividade que tem acontecido nas escolas é fruto do descontrole emocional que atinge alguns alunos, principalmente na pré-adolescência e adolescência.
                Alguns estudiosos afirmam que a convivência familiar- pais ausentes, falta de amor, indisciplina- é responsável pela ansiedade que se transforma em bullying, atingindo os tidos como “diferentes” num determinado grupo social. Os agredidos sofrem maltratos físicos e verbais que levam à traumas que se não forem diagnosticados e tratados devidamente, resultarão em adultos revoltados e infelizes.
                Para as vÍtimas é essencial a denúncia do ato e do agressor,e ao órgão competente cabe agir em defesa do agredido, oferecendo subsídios afetivo, psicológico e familiar.
                Quanto ao rebelde deverá ser sancionado e introduzido em um programa que ofereça respaldo necessário para que ele se estruture emocionalmente e seja mais pacifico, conseguindo assim, viver melhor em sociedade. 
                                                                                     CELIA, DULCE E MEIRE, Jales 2011

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

ARTIGO DE OPINIÃO - FOLHA ON LINE

Há os indignados e há os bananas
O Brasil e a Índia têm nota igualmente baixa, aliás próximas uma da outra, no IPC, o Índice de Percepção de Corrupção da Transparência Internacional, respeitada ONG que mede não a corrupção propriamente dita, porque é "imedível", mas como ela é percebida em cada país.
A nota do Brasil, no IPC mais recente, foi 3,7; a da Índia, 3,3. Ambos os países a anos-luz da Dinamarca e seus 9,3, a primeira colocada em limpeza.
Se a percepção é parecida no Brasil e na Índia, então a reação em cada país também é parecida, certo? Errado, completamente errado. Na Índia, Anna Hazare, militante anti-corrupção, está iniciando nesta sexta-feira uma greve de fome em um parque público, acompanhado por milhares de seguidores.
No Brasil, o pessoal manda cartas indignadas para os jornais, mas não tira o traseiro da cadeira para se manifestar.
A repercussão das diferentes atitudes é inexoravelmente diferente: o movimento de Hazare está em todos os meios de comunicação de respeito no mundo todo, Brasil inclusive. Já a passividade do brasileiro ganhou uma perplexa coluna de Juan Arias, notável jornalista espanhol (um respeitado "vaticanólogo", aliás), hoje correspondente de "El País" no Brasil.
Arias se perguntava porquê não havia no Brasil nada nem remotamente parecido com o movimento dos "indignados" que não sai das ruas da sua Espanha (sólido crítico do Vaticano, aposto que Arias, se estivesse em Madri, estaria nas ruas agora, ao lado dos que protestam contra o que consideram gastos excessivos para receber o papa Bento 16, em um momento de aperto orçamentário generalizado).
O que chama a atenção, na comparação Brasil x Índia, é o fato de que os escândalos mais recentes no gigante asiático têm pontos de contato com o noticiário brasileiro.
Há, por exemplo, fundadas suspeitas de gastos abusivos para organizar os Jogos da Commonwealth, a comunidade de países que foram colônias britânicas. No Brasil, a organização da Copa do Mundo-2014 está cercada de temores, mas ninguém, até agora, fez qualquer protesto público parecido com o da Índia.
Nesta, há também suspeitas sobre negociatas no setor de telecomunicações. No Brasil, uma empresa do ramo comprou outra, o que era proibido por lei. A empresa foi punida? Não, a lei foi modificada (no governo Lula), para permitir o negócio. Você ouviu falar de alguma manifestação a respeito?
Se você preferir outra comparação, mudemos de continente e fiquemos aqui nas imediações: os estudantes chilenos, como os indignados espanhóis, não saem das ruas, exigindo educação pública e de qualidade. Preciso dizer que, em todas as avaliações internacionais comparativas, o Brasil fica sempre nos últimos lugares? Os estudantes brasileiros se mobilizam? Sim, para exigir meia  entrada nos cinemas, atitude positivamente revolucionária.
Difícil escapar à constatação de que não somos indignados e, sim, bananas.

Clóvis Rossi é repórter especial e membro do Conselho Editorial da Folha, ganhador dos prêmios Maria Moors Cabot (EUA) e da Fundación por un Nuevo Periodismo Iberoamericano. Assina coluna às terças, quintas e domingos no caderno Mundo. É autor, entre outras obras, de "Enviado Especial: 25 Anos ao Redor do Mundo e "O Que é Jornalismo".
Fonte: Folha on line 19/08/2011

NOTICIA DE JORNAL ON LINE - FOLHA DE SÃO PAULO

Estudante chilena fica em estado grave após 35 dias de greve de fome

DA FRANCE PRESSE, EM SANTIAGO
A estudante chilena Gloria Negrete, de 19 anos, que está há 35 dias em greve de fome por melhorias na educação pública do país, encontra-se em estado grave no hospital da cidade de Buin, informou o subsecretário de redes assistenciais do Ministério da Saúde, Luis Castillo nesta segunda-feira.
Segundo Castillo, a menina - que participa dos protestos estudantis que agitam o país há três meses - já pode ter sofrido danos neurológicos e renais irreversíveis.
Gloria é aluna do Liceo A-131, localizado na comunidade agrícola chilena de Buin e seu estado de saúde é o que mais preocupa a as autoridades governamentais do país, uma vez que ela padece também de asma crônica.
Desde o início da greve, a garota já perdeu 12 kg e encontra-se atualmente com 49 kg. De acordo com Castillo, Gloria só consegue receber soro e a ingerir de 300 mililitros de água por dia.
O ministro da Saúde, Jaime Mañalich, visitou no domingo a jovem e afirmou após a visita que ela está sendo pressionada por adultos para manter a greve.
"É um caso de coerção", afirmou ele.
"Há pressão e há manipulação para que Gloria continue em greve de fome até as últimas consequências", afirmou nesta segunda-feira o ministro, que anunciou que avalia mover uma ação legal por assistência ao suicídio.
A própria garota, no entanto, afirma que segue em greve de fome devido a sua própria convicção ideológica.
"Eu luto pelos estudantes e não por bandeiras políticas", disse Gloria ao jornal chileno La Segunda.
"Não sou de esquerda nem de direita e seguirei até o final, custe o que custar", disse ela ao jornal.
Além de Gloria, mais quatro alunos do Liceo de Buin permanecem em greve de fome. Junto com ela, dois deles já completaram mais de um mês em greve de fome, mas seu estado de saúde é estável.
Outros 30 estudantes, de nível médio e universitário, também se mantêm em greve de fome em diferentes lugares do Chile.
FONTE: FOLHA ON LINE 22/08/2011 - 18h26